As candidaturas independentes teem direito a existir, mas o seu papel é sobrevaloziado.
Quando se fala numa candidatura independente, o se que pensa imediatamente é num candidato sozinho. Isso nunca é verdade, porque mesmo a mais pequena das freguesias tem pelo menos 7 membros na sua assembleia.
O Porto, governado por um independente, tem 13 vereadores, 39 membros eleitos da assembleia municipal e 135 membros das assembleias de freguesia. Para uma lista se candidatar a isto tudo tem de ter 187 candidatos. A maior parte dos partidos existentes em Porugal não consegue arranjar 187 nomes no Porto.
A aversão a partidos não é razão para nos apaixonarmos por movimentos independentes. Se um movimento crescer ao ponto de ganhar lugares no parlamento, câmaras e juntas e tiver uma hierarquia nacional, dirigentes locais, várias sedes e eleições internas isso faz com que na prática o movimento independente seja igual a um partido.