Saturday, May 21, 2022

A IL é incompatível com a saúde pública

Há 2 tipos de saúde pública: A normal e a excepcional que é quando há uma pandemia, ataque químico em grande escala ou um terramoto.

Situação Normal: Um governo liberal funcionaria, em resumo, da seguinte maneira: Não haveria ministério, nem hospitais ou clínicas públicas. Haveria uma orçamento da saúde que seria distríbuido entre todos num cheque-saúde e aí cada cidadão poderia escolher a empresa de saúde onde se trataria.

Há 2 grandes falhas aqui:

1: Não haveria incentivo económico para procurar a cura ou tratar os pacientes com doenças raras ou doenças de "nicho de mercado". Num país totalmente liberal estas pessoas não teriam tratamento algum.

2: Hospitais e clínicas não são "lojas" onde se vá quase que diaramente, logo exigem um mínimo de mercado populacional para funcionar. Há cafés, restaurantes e mercearias em quase todas as freguesias do interior, mas dificilmente se encontra uma loja de instrumentos musicais numa aldeia. Isto porque no interior o mercado é demasiado pequeno para suportar tal tipo de loja. Numa lógica de mercado, não há razão para se ter vários hospitais no interior ou clínicas em todos concelhos. Quem morasse no interior teria de fazer dezenas de quilómetros para uma simples consulta de rotina.

Situação Expecional: Se um terramoto ocorresse no Vale do Tejo e dezenas de milhares de pessoas precisaram de resgate, não haveria ninguém que as ajudasse a não ser talvez alguns voluntários. Não é possível haver uma "Protecção Civil" privada porque nenhuma empresa existe só para caso expecionais. O objectivo da Protecção Civil estatal não é o lucro e nem tem de ser.


Este texto não é uma crítica ao livre mercado, é apenas explicar que aquilo que a IL defende para a saúde pública não funcionaria

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